Motorista corre aos postos para não ficar sem gasolina em SP
A paralisação de caminhoneiros que fazem o fornecimento de combustível para os postos de São Paulo fez com que os motoristas corressem aos postos nesta terça-feira e enchessem o tanque. Alguns postos já não têm alguns tipos de combustível e outros preveem o fim do produto para os próximos dias.
Os caminhoneiros estão paralisados desde ontem em protesto contra restrição de caminhões na marginal Tietê entre as 5h e as 9h e entre as 17h e as 22h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 14h aos sábados. A multa é de R$ 85,13 e acarretará acréscimo de quatro pontos na habilitação.
| Luiz Carlos Murauskas/Folhapress | ||
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| Fila de carros que esperam para encher o tanque em posto da zona oeste de São Paulo; paralisação continua |
A reportagem percorre cinco postos de gasolina na região da Sumaré, na zona oeste, no fim da manhã de hoje. Em todos, já não havia mais gasolina comum e em um deles não havia mais a gasolina aditivada também. A previsão é que os cinco fiquem sem combustíveis ainda tarde de hoje.
Os postos também apontam que houve um aumento na procura dos motoristas. Alguns estabelecimentos apontam aumento de até 40% na procura. "O pessoal está com medo que falte [gasolina]. Tem gente que colocava R$ 20 e agora está enchendo o tanque", afirmou Milton Rufino Godói, gerente de um posto Ipiranga do centro de São Paulo.
Outros cinco postos foram visitados pela reportagem na região central. Um deles, localizado na esquina Conselheiro Brotero com a avenida General Olímpio da Silveira, já não tem mais gasolina comum e deve ficar sem álcool e gasolina aditivada ainda hoje. Os demais ainda tinham todos os tipos de combustível, mas os estoques estavam baixos.
| Luiz Carlos Murauskas/Folhapress | ||
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| Gerente de posto na avenida Heitor Penteado, na zona oeste de São Paulo, diz que consumidor está pedindo para encher o tanque com medo de faltar combustível; o posto não recebe entregas de caminhão-tanque desde ontem |
"Já vim correndo porque estou com meio tanque. Nós [taxistas] já estamos nos comunicando pra ver qual posto ainda tem combustível", afirmou o taxista Edno Marquesino, 67.
"Hoje ninguém trabalha com estoque alto. Íamos receber [combustível] na segunda, mas ninguém recebeu. Fomos pegos desprevenidos", afirmou o gerente de um posto da Shell, Adevar Teodoro Vieira, 48.
A proibição de caminhões na marginal tem exceções (como aos VUCs, veículos com até 6,3 metros, e obras de emergência), mediante cadastro prévio, além do acesso ao Ceagesp.
Com 23,5 km, a marginal Tietê é a via mais movimentada da capital paulista. Tem 1,2 milhão de viagens por dia, feitas por 350 mil veículos --75 mil deles caminhões.
| Arte/Folhapress | ||
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Fonte: www1.folha.uol.com.br